Em manutenção!!!

quinta-feira, 30 de abril de 2015

Por que Dilma emagreceu?




Por Zé Carlos

O amigo e conterrâneo Jameson Pinheiro me envia novamente suas imagens editadas e sobra para mim colocar letras nelas. Já disse que ele fizesse o trabalho completo, porém, ele diz que é melhor nas imagens do que na escrita. Embora eu não concorde, aqui estou eu, para lhes apresentar sua arte.

Ele diz no e-mail, em que as enviou, que não são imagens isoladas e que elas formam uma história, sobre o emagrecimento da Dilma. Ora, meu Deus, o que tem a ver o emagrecimento de nossa presidente com alguma coisa séria neste país? Isto eu deixo para vocês julgarem vendo as imagens lá embaixo.

Quando li que era uma história em quadrinhos, fiquei mais contente, porque fui criado, em Bom Conselho, com uma revista destas nas mãos, quase o tempo todo. Desde que me entendi por gente, e assim que comecei a juntar as letras, já me lembro de estar com uma revista em quadrinhos nas mãos. Era o meu maior passatempo, ao ponto de um dia quase ser expulso por um frade, lá da Igreja Matriz, por causa de algumas delas.

Explico. Fui ao Cine Rex, na matinê, que só perdia quando não tinha dinheiro, para rever a série que já assistira no sábado, levando, debaixo do braço um conjunto de revistas, usadas para mostrar aos colegas, trocá-las e até emprestá-las a alguém. Lembro bem, era tempo de inverno e lá em Bom Conselho ainda chovia e fazia frio, o que hoje é raro. Estava com um capote azul marinho, muito em moda na época, e que não tinha braços, só apenas um buraco para colocar as mãos.

Depois do cinema, como candidato (nunca eleito) a coroinha, fui à Igreja onde ia haver uma bênção, e como alguns meninos, sentei nos degraus do altar, bem pertinho do celebrante, talvez para sentir melhor o cheiro do incenso queimado no equipamento que balançava e do qual não me lembro o nome. Como estava com o capote, coloquei as revistas debaixo dele e me pus em oração. Claro que era um pouco de oração de criança, onde pensava um pouco no santo e um pouco no perigo da série do Capitão Marvel que acabara de ver.

Foi quando um frade, de quem não me lembro o nome, mas, era alto e tinha a coroa de frade tradicional, chegar perto de mim, e perguntar: “O que você tem aí debaixo do capote?”. Eu gelei e tentei menti dizendo que não era nada. A mentira, além de pecado foi muito fraca. Deveria ter dito que era um missal, ou fazer como a Dilma, que mente com tanta convicção que até ela mesma acredita.

Não deu outra e o frade me exigiu que mostrasse o que tinha debaixo do capote. Como criança fiquei um pouco aflito, mas levantei o capote. Ainda bem que eu estava de calça e não me lembro se naquela época eu já usava cueca. Só sei que ela me chamou à sacristia e me passou o maior carão, ameaçando tomar as revistas se eu voltasse a levá-las para a Igreja. Eu não sei porque. Ele nem olhou que revistas eram. Poderia ser a Bíblia em Quadrinhos ou coisa assim.

Fui para casa, triste porque não assisti ao resto da bênção, mas, muito alegre por ter ficado com minhas revistinhas. Lembro, havia uma de Rocky Lane e outra de Roy Rogers.

Agora fiquem com a história em quadrinhos do Jameson, e vejam se ela passaria pelo o crivo do Frei Betto. Se a entendi, a Marcela fez milagres.














quarta-feira, 29 de abril de 2015

As TESES do PT - Final




Por Zezinho de Caetés

Bem meus senhores, eu devo continuar a falar sobre as Teses do PT. Ou melhor, eu deveria. Digo assim no condicional, porque já foram tantos os textos, de outros autores, sobre elas que eu não tenho mesmo, quase mais nada a dizer, a não ser que é um conjunto de bobagens. Então resolvi comentar apenas uma das tendências do partido (Articulação de Esquerda), aquela que fez um diagnóstico da situação política e econômica do Brasil e que foi comentada por mim na postagem anterior.

Agora vamos às recomendações feitas a partir daquele “brilhante” diagnóstico. Não poderia sair boa coisa pois quando um médico diz que um paciente está com o coração doente porque ele está com diarreia o remédio só pode ser ineficaz, mesmo que tenha uma mínima chance do diagnóstico ser correto. O indivíduo vai morrer cagando (desculpem a expressão).

Então, abaixo vão algumas proposições do PT em vermelho (desta tendência) e minhas considerações em azul. E neste pastoril não serei a Diana.

 A primeira tarefa é reocupar as ruas. A oposição de direita controla parte importante do Judiciário, do Parlamento e do Executivo, em seus diferentes níveis. Agora está trabalhando intensamente para também controlar as ruas, utilizando para isto sua militância mais conservadora, convocada pelos meios de comunicação, mobilizada com recursos empresariais e orientada pelas técnicas golpistas das chamadas “revoluções coloridas”. Caso a direita ganhe a batalha de ocupação das ruas, não haverá espaço nem tempo para uma contraofensiva por parte da esquerda. Assim, a primeira tarefa de cada petista deve ser apoiar, participar, mobilizar e ajudar a organizar as manifestações programadas pelos movimentos e organizações das classes trabalhadoras.

Eles sentiram que as chamadas “ruas” não pertencem mais ao PT. E já tentaram colocar seu bloco e o exército do Stédile nelas e foi um grande fracasso, mesmo que oferecessem pão com mortadela e uma pequena ajuda de custo, a quem participasse. E hoje, já se sabe que não perderam só as ruas, o PT perdeu todos os meios de comunicação com o povo, a não ser aqueles que comem no mesmo cocho dos ladrões da Petrobrás, mesmo tendo roubado menos. Vejam a prova: A gerenta presidenta, não vai falar no dia 1 de maio, aos trabalhadores, com medo de um panelaço daqueles de ensurdecer o país. Como eles irão reocupar as ruas, só se for com os bois do Lulinha.

A segunda tarefa é construir uma Frente Democrática e Popular. Há várias iniciativas em curso, algumas delas sem o PT e até mesmo contra o PT. Nosso Partido deve procurar as forças que elegeram Dilma no segundo turno presidencial e que defendem as reformas estruturais, propondo a elas que se constitua uma frente popular em defesa da democracia e das reformas. O programa mínimo desta Frente Democrática e Popular deve incluir a revogação das medidas de ajuste recessivo; o combate à corrupção; a reforma tributária com destaque para o imposto sobre grandes fortunas; a defesa da Petrobrás e da industrialização nacional; a ampliação das políticas públicas universais como saúde e educação; a reforma política e a democratização da mídia. A Frente Democrática e Popular é essencial para derrotar o golpismo e libertar o governo da chantagem peemedebista. Mas o objetivo principal da Frente Democrática e Popular é lutar por transformações estruturais, sendo para isto necessário construir instrumentos de articulação política e de comunicação de massas que nos permitam enfrentar e vencer o oligopólio da mídia.

E esta segundo tarefa é tirar o Levy, o Risonho, da jogada. Eles não entendem que se não fosse ele, o Brasil já teria perdido o grau de investimento, o que significa que os investidores passariam a encarar o país como caloteiro em primeiro grau e a Dilma, talvez, já tivesse ido embora. Neste ponto, eu quero que eles tenha sucesso no que diz respeito a Dilma sair. Esta tal de Frente Democrática Popular, já foi utilizada na Venezuela, que vive dias de horror, com todos fedendo a cocô pela falta de papel higiênico.

A terceira tarefa é mudar nossa estratégia. Se queremos melhorar a vida do povo, se queremos ampliar a democracia, se queremos afirmar a soberania nacional, se queremos integrar a América Latina, se queremos quebrar a espinha dorsal da corrupção, é preciso realizar reformas estruturais no Brasil, que permitam à classe trabalhadora controlar as principais alavancas da economia e da política nacional. Para isto, precisamos de uma aliança estratégica com as forças democrático-populares, com a esquerda política e social. Precisamos, também, combinar luta institucional, luta social e luta cultural. Recuperar o apoio ativo da maioria da classe trabalhadora, ganhar para nosso lado parte dos setores médios que hoje estão na oposição, dividir e neutralizar a burguesia, isolando e derrotando o grande capital transnacional-financeiro. Isso implica abandonar a conciliação de classe com nossos inimigos.

Esta é uma tarefa que eles puseram no documento para que ele não ficasse curto. Isto já caiu de moda há tanto tempo que parece até brincadeira. Neutralizar a burguesia hoje é apenas dizer que o Lula não os representa mais. Ficou rico demais, e a estratégia do PT deve ser sempre que todos sejam pobres para eles ganharem sempre as eleições.

A quarta tarefa é alterar a linha do governo. É plenamente possível derrotar a direita se tivermos para isto a ajuda do governo. É possível derrotar momentaneamente a direita, até mesmo sem a ajuda do governo. Mas é impossível impor uma derrota estratégica à direita, se a ação do governo dividir a esquerda e alimentar a direita. Por isto, o 5º Congresso do PT deve dizer ao governo: que os ricos paguem a conta do ajuste, que as forças democrático-populares ocupem o lugar que lhes cabe no ministério, que a presidenta assuma protagonismo na luta contra a direita, contra o “PIG” e contra a especulação financeira. 11. A quinta tarefa é mudar o próprio PT. O Partido que temos não está à altura dos tempos em que vivemos. Das direções até as bases, é preciso realizar transformações profundas. Precisamos de um partido para tempos de guerra.

Esta tarefa eu apoio quase totalmente embora minha linha seja um pouco diferente. Seria tirar Dilma da presidência, dentro da lei e da ordem. E eles escrevem verdades candentes como esta: “O Partido que temos não está à altura dos tempos em que vivemos.” Eu digo que não está e nunca esteve. Depois que colocamos meu conterrâneo, quase analfabeto, na presidência, só poderia dar nisto mesmo.

A quinta tarefa é mudar o próprio PT. O Partido que temos não está à altura dos tempos em que vivemos. Das direções até as bases, é preciso realizar transformações profundas. Precisamos de um partido para tempos de guerra.

Sem comentários.

Agora, para me desculpar com meus leitores por não continuar estes comentários sobre estas tresloucadas teses petistas, eu os deixo com o texto do Ruy Fabiano (“Delírios à beira do abismo” – Blog do Noblat – 25/04/2015), escolhido entre tantos outros textos para arrematar esta questão, e não perder mais tempo com bobagens.

“O Caderno de Teses do PT, a ser debatido em seu 5º Congresso, em junho, em Salvador – e disponível em seu site -, expõe o grau de alheamento de sua militância em relação à conjuntura presente. O partido propõe, em síntese, uma revolução, a partir da mobilização das massas. Que massas?

O partido não percebe que perdeu a hegemonia das ruas. Seu projeto socialista, de viés autoritário – autointitulado “hegemônico” -, jamais enfrentou tantos obstáculos.

A economia vai mal, suas principais lideranças estão às voltas com o Código Penal e as massas que ocupam as ruas pedem que deixe o poder. A presidente reina, mas não governa. O poder está nas mãos de uma trinca peemedebista: Michel Temer, vice-presidente; Eduardo Cunha, presidente da Câmara; Renan Calheiros, presidente do Senado.

A economia está nas mãos de um tecnocrata liberal, Joaquim Levy, que representa o avesso do projeto socialista do partido. Os Cadernos de Teses – um conjunto de sete apostilas, cuja primeira tem o provocativo título de “Um Partido para Tempos de Guerra” – parecem ignorar a nova realidade posta ao partido. Age como se cada etapa de sua presença no poder tivesse obtido êxito.

No processo de aparelhamento gradual da máquina administrativa do Estado e dos organismos de representação da sociedade civil, este momento – o quarto mandato consecutivo na presidência da república – seria o de up grade revolucionário. Mas alguma coisa não deu certo – e a militância não percebeu.

O partido perdeu seguidores e ganhou adversários, a tal ponto que passou a ser enxotado das ruas. Seu líder maior, Lula, não mais aparece em locais públicos. Fala apenas a auditórios ideologicamente higienizados. Idem a presidente da República, cuja presença é inevitavelmente saudada por vaias.

As pesquisas mostram que, se as eleições fossem hoje, o PT perderia no primeiro turno, não importa o adversário. Em vez de discutir o que mudou, onde se deu o desvio, o 5º Congresso do PT põe em debate teses que, ainda que seu projeto houvesse triunfado, seriam senão inviáveis, ao menos complicadíssimas.

Entre outros disparates: reestatização de tudo o que foi privatizado; cassação de todos os ministros do STF que condenaram os mensaleiros do partido; estatização da Rede Globo e das TVs que exibem programas religiosos; demissão de todos os ministros do governo Dilma que não rezem pela cartilha socialista: Joaquim Levy (Fazenda), Kátia Abreu (Agricultura) e Armando Monteiro (Desenvolvimento Industrial), exatamente os que avalizam a presidente perante o mercado.

E há mais. Os Cadernos repetem exaustivamente a palavra democracia, que as propostas negam. Ao mesmo tempo em que defendem o “aprofundamento do combate à corrupção”, propõem o cancelamento de todas as denúncias e investigações em curso. E há uma nota pitoresca: a proposta de cassação de um único parlamentar, o deputado Jair Bolsonaro. Um projeto revolucionário que mira e nomina um único adversário.


O que se constata é que o partido vive não apenas seu ocaso político e moral, mas sobretudo intelectual. Um partido que nasceu no ambiente das academias, sobretudo a USP, sonhado por intelectuais de grande respeitabilidade, termina em mãos de uma militância iletrada, alheia aos fatos que ela própria construiu e que pretende transformar com bravatas. Não se cura uma febre quebrando o termômetro, mas é o que a militância petista propõe em seus delirantes Cadernos de Teses.”

terça-feira, 28 de abril de 2015

OUTRA VEZ?


Praça Pedro II - Bom Conselho - PE.


Por José Antonio Taveira Belo / Zetinho


Nos meus devaneios em noite calorenta que esta fazendo em Olinda, com o céu estrelado e o vento soprando devagar, as arvores dormitando, os pensamentos voltam para muitas coisas que ainda perduram e que ainda pode ser realizado. Nada melhor do que uma noite calma e serena para meditarmos. O silencio é tudo para colocarmos nossa vida em dia. Já escrevi inúmeras vezes sobre o assunto. Com este preambulo, muitos ou poucos leitores deste escrevedor já definiu o assunto. Já estamos no mês de abril, brevemente o mês das noivas e o mês dedicado a São João, Santo Antonio e São Pedro, estamos no meio do ano e se preparando já para as comemorações natalinas. É exagero este pensamento? Claro que não. O tempo passa rápido atropelando tudo que se encontra em sua frente segue superando os obstáculos. Não diminui a velocidade e nem dá satisfação, é do que jeito que quer. E nós que somos reféns temos que nos acostumar e realizar os desejos que estão emperrados. Como disse acima o nosso assunto é mais uma vez, futicando e sacolejando os nossos homens e mulheres de letras da nossa cidade se posicionar na criação da ACADEMIA BOMCONSELHENSE DE LETRAS -= ABCL. Muitos devem estar rindo mais uma vez desta impertinência. No meu entender, devemos suscitar a sociedade para esta criação que trará benefícios para a cidade. Nossos escritores onde estão? Uma cidade é conhecida quando se tem memoria, para expor os nossos trabalhos de hoje e outrora. Quantas e quantas pessoas que deram a sua vida pela nossa terra e que é desconhecida pela sociedade, principalmente, pela geração do momento? Os belos trabalhos que realizam somente são do conhecimento de meia dúzia de pessoas e depois cai no arquivo morto. Qual é sentido do escritor (a), poetas e poetisas senão divulgar o seu trabalho? E como divulgar se não se tem um canal que possa levar o conhecimento do seu trabalho a não ser por uma casa de Cultura. Se não divulgar tudo será em vão. É claro que muitos de nós temos dificuldades para criação da Academia. Mas dificuldade se tem em qualquer projeto que se queira fazer, apenas trabalhar no que se quer realizar. É o caso da Academia. Se ninguém se mover, se deixar para outro dia, para o outro ano, nunca se realizara, pois sempre haverá um empecilho no caminho para atrapalhar este desejo. Com este pensamento, já chegando ao meio da noite, com a lua iluminando o meu espaço, veio-me uma ideia na cabeça. Talvez estapafúrdia, mas que merece reflexão. A criação de ACADEMIA DE LETRAS, não requer necessariamente, um espaço luxuoso, de grande extensão, com mesas e cadeiras fina, é somente um pequeno espaço onde os membros possam se reunir para conversar e por em dia os assuntos pertinentes à cultura, a politica, a religiosidade, sem discursão e sem agressão. Tem-se na cidade, uma igreja onde se tem uma sala de reunião, se falando com o padre por certo ele cedera o espaço uma vez por mês: tem-se o colégio, que também dispõe de salas de aulas e pode ceder quando não estiver ocupada pelos alunos; tem-se a prefeitura, que deve ter um espaço para que se possa fazer uma reunião, na casa do povo e, porque não em última instancia o terraço de alguma casa de família, se tem muitos lugares. Com o tempo é claro que haja desocupação e a ACADEMIA tenha seu espaço, sua morada definitiva para resguardar a cultura da cidade. Olhei para o relógio uma e trinta da manhã, bocejei levantei-me com a perna dormente, devido à posição e fui colocar a cabeça no travesseiro, conselheiro noturno, com o pensamento, não nego de ver um dia este sonho ser realizado – A ACADEMIA BOMCONSELHENSE DE LETRAS – ABCL. 

segunda-feira, 27 de abril de 2015

A semana - Quase sem Dilma, a Petrobrás balançou enquanto o Renan e o Cunha brigavam




Por Zé Carlos

Como verão, lá embaixo, o filme desta semana é curtinho, para fazer jus à semana útil, que também o foi. No meio dela havia uma pedra e um feriado, o de Tiradentes. E foi neste feriado que foi localizado o principal episódio da semana, do ponto de vista humorístico. Não, não é a pedra do grande Drummond. Foi outra coisa. O nosso colaborador, Lula, vendo que a coisa está preta para o seu lado, mandou o Pimentel, governador de Minas, prestigiar com uma medalha, o seu comandante, o General Stédile. Foi um festa. Enquanto o general era condecorado, em Ouro Preto, batiam todos os sinos de suas igrejas históricas. Depois se descobriu, comecem a rir, que não eram os sinos, e sim a população fazendo um panelaço, contra a entrega da medalha a tal criatura do Lula. Mais uma criatura para atanazar a vida do Lulinha, ódio e terror. E, segundo dizem, ouvia-se outro som. O das medalhas antigas sendo devolvidas ao governo mineiro. Foram tantas que o Palácio da Liberdade, sede do governo, prometeu, fundi-las e transformá-la em um sino enorme para lembrar a data.

Bem, mas, nem só de sinos viveu esta curta semana. Ela vai ficar lembrada pela divulgação de um balanço da Petrobrás, ainda do ano passado, com a justificativa para o atraso sendo um material excelente para esta coluna de humor. Segundo o novo presidente da empresa, o balanço atrasou porque foi muito difícil baixar o prejuízo, que a ex-presidente Graça Foster, aquela graça de criatura, declarou antes. Ela disse que o prejuízo seria de 88 bilhões de reais, e agora, cortaram para metade. Para isto, tiveram que comprimir os bolsos do Paulo Roberto Costa e do Duque, assaltantes, segundo denúncia da procuradoria, dos cofres da empresa, para não dar muito na vista. No final (podem rir à vontade), foi declarado que só foram roubados 6 bilhões de reais. Ou seja, muito mais do que o valor de todas as galinhas que o João de Manoela roubou lá em Bom Conselho, minha pacata cidade.

Aliás, a semana também inclui Bom Conselho, desta vez, pelo fato noticiado pelos blogs da cidade de que os advogados da mesma se juntaram para protestar contra a morosidade da justiça local. Dizem que está havendo, ao contrário de Caruaru, onde há racionamento d’água na base de 2 dias sim, e 5 não, lá em Bom Conselho há um racionamento da Justiça, na base do 1 dia sim, e 6 não. Realmente, eu não sei se rio ou se chore.

Já que estamos falando de justiça, vamos continuar, ampliando o leque, e indo para Curitiba, onde a Justiça está lavando a jato, os crimes do Petrolão. Quem não sabe o que é o Petrolão, a estas alturas do campeonato, também não deve saber o que é mensalão e não pode começar a semana sorrindo, por isso, vamos em frente. No mesmo dia da divulgação do balanço da Petrobrás, o juiz Sergio Moro publicou a condenação de oito pessoas envolvidas na Lava Jato, incluindo o doleiro Alberto Youssef (9 anos e 2 meses) e o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa (7 anos e 6 meses) no primeiro dos processo, que foi o dos desvios na Abreu e Lima. Dizem que as penas seriam maiores sem a delação premiada. E o motivo de riso, é que, a revista Veja, desta semana, mostra que esta noticia gerou uma fila enorme no local onde os outros acusados estão presos, para se candidatarem à delação. Um deles, um dirigente da OAS, contou, que nosso colaborador, o Lula, morava num triplex no Guarujá, em São Paulo, e que foi a OAS que deu o acabamento nele. E se o Lula não fizer nada para tirá-lo da cadeia, ele vai furar a fila da delação premiada, ou, o que é pior, colocar o triplex dele na propaganda da OAS, com o slogan: Construindo para presidentes!

Outro fato, que até consta do filme do UOL, abaixo apresentado, para mostrar o tanto de humor que há em nossa política, é que, talvez, todo o grupo de procuradores da Operação Lava Jato, perdeu um dia inteiro (pode ter sido o feriado de Tiradentes) para descobrir se uma senhora que depositava sofregamente, quase todo o dia, um dinheiro em um banco, era a cunhada ou a mulher do João Vaccari Neto, o ex-tesoureiro do PT. Eu imagino a tensão numa reunião dessas. Vejam vocês mesmos no filme abaixo e tirem suas conclusões. O problema é que cunhada não é parente, como dizia o Brizola, e mulher, é. Então chegamos ao ponto de que nossa República depende de um parentesco. Mas, pensando bem, isto não foi sempre uma rotina? Bem, o Moro, que hoje é, como dizem, o verdadeiro guerreiro do povo brasileiro, já decidiu, usando a velha tradição do Direito: Em dúvida, pró réu! E soltou a cunhada do Vaccari. Ou era a mulher?

Ah! Pensaram que iria terminar esta coluna sem falar dos homens da presidente, o Temer, o Cunha e o Renan? Não teria graça nenhuma. O Temer, presidente em exercício, ao ver a bobagem que fizeram no Congresso, com o consentimento da Rainha Dilma I, ao triplicar a verba para os partidos políticos, disse que não havia problema, pois não iria entregar todo o botim, sem saber que, por lei é obrigado a fazer isto. Talvez seja por isso que uma grande amiga e conterrânea, a Lucinha Peixoto, um dia, quis fundar o seu próprio partido, o PLP (Partido da Lucinha Peixoto). Se fosse hoje, eu me candidataria para ser o seu tesoureiro.

O Renan e o Cunha não fizeram nada demais, a não ser brigar um com o outro para ver quem substituirá o Temer em caso da Dilma levá-lo junto quando sair. Se sair, é claro, pois no Brasil de hoje, para condenar o João de Manoela pelo roubo das galinhas é preciso que ele esteja com a boca cheia de penas. No filme, o UOL coloca como seus representantes um crocodilo e um leão. Eu, se pudesse mexer no filme, eu colocaria a briga do cachorro com a onça, com a trilha sonora da Bandinha de Pífano de Caruaru para ilustrar o affaire. Quem sabe, algum dia chegaremos a este apuro técnico para mostrar esta briga de comadres?!

Agora fiquem com o resumo do roteiro do filme do UOL, pelos seus produtores, e vejam-no logo abaixo, para começar a semana sorrindo. Tenham todos uma boa semana, na esperança de que nesta próxima, a nossa musa, a Dilma, dê às caras, para o gáudio dos meus 9 leitores. Será no dia 1 de maio? Em dúvida, pró réu. Então, preparem as panelas.

“Investigação do Ministério Público Federal revela que Marice Correa de Lima, cunhada do ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto, aparece nas imagens do circuito de segurança de uma agência bancária, fazendo depósitos de valores ilegais na conta da irmã e mulher de Vaccari, Giselda de Lima. Marice nega e diz que quem aparece no vídeo é Giselda. A dúvida fez a Justiça libertar Marice, que tinha sido presa por suspeita de receber propina. Afinal, quem é a pessoa nas imagens? No Congresso, o presidente da Câmara e o do Senado, que são do mesmo PMDB, trocaram farpas por causa do projeto de lei que regulamenta a terceirização.”


sexta-feira, 24 de abril de 2015

O PT encalacrado e a Dilma idem




Por Zezinho de Caetés

Vou interromper, hoje, minha série sobre as Teses do PT, mas, depois volto a elas, se o partido ainda existir até lá. Afinal de contas, “não se chuta cachorro morto!”. É por um bom motivo que mostro outra coisa, mesmo que relacionada com o PT, culpado por quase tudo de ruim que envolve este país. O resto a culpa é do FHC.

Abaixo, transcrevo um texto do imortal Merval Pereira, que ele intitulou de “Moro junta as pontas”, onde procura mostrar quanto o PT se encalacrou, em matéria de justiça, pois politicamente ele está em estado terminal. E ainda sobrou para Dilma.

O primeiro grande imbróglio é com a “famiglia” Vaccari, depois do depoimento da cunhada do tesoureiro à PF em Curitiba, em que o juiz Sérgio Moro, pela sua experiência com o caso da Operação Mãos Limpas na Itália e como assessor da ministra Rosa Weber, mostrou por A mais B, que uma grande parte dele era uma deslavada mentira e decidiu que ela continuasse no xilindró por mais 5 dias, com promessa de ficar por prazo indeterminada pelo conjunto da obra.

Imaginem que ela, a cunhada de Vaccari depositava na conta da irmã pequenas quantias, que somadas davam uma fortuna, para evitar que as autoridades financeiras pegassem a sua lavagem de dinheiro. Eu chega tenho pena desta moça. Pois, suponha que é verdade o que a imprensa diz que foram mais de 300 mil reais. Isto em quantias menores do que 10 mil reais, daria mais de 30 viagens ao banco. Só sendo uma atleta para aguentar tanto esforço, ou, o que é mais provável, tinha medo que descobrissem sua lavanderia.

E o pior de tudo é que ela disse que tem um documento que prova que o PT pagou a ela, num processo por danos morais, uma boa soma. É o sujo processando o mal lavado. Isto seria legal e ainda o será se o PT apresentar os motivos pelos quais pagou 200 mil reais à cunhada. Só falta o Lula alegar, como o Brizola, que cunhada não é parente. Bem, o PT está com a palavra e o Sérgio Moro no seu encalço.

No entanto, o pior mesmo é o caso das “pedaladas fiscais”, que nada mais são do que uma burla da Lei do Colarinho Branco e da Lei de Responsabilidade Fiscal, como vocês verão os detalhes no texto do Merval (Blog do Merval – 22/04/2015). Aqui faço apenas um resumo básico.

É que estas leis preveem uma cana dura para os dirigentes de instituições, ou seus responsáveis, que pegarem dinheiro do Tesouro, como o fizeram o BNDES e a CEF, em certos momentos. Tanto dar cadeia para os responsáveis pelo Tesouro, como para os dirigentes das instituições, o que vier primeiro na linha de responsabilidade. Como conclui o Merval:  “Para descaracterizar a responsabilidade direta da presidente Dilma, os presidentes dos bancos estatais e do Banco Central na ocasião terão que ser punidos.”

Então, o cerco está se fechando e o PT se encalacrando, e junto com ele, a gerenta presidenta, que não sabia de nada. O impeachment vem a caminho, eu, e o Brasil, esperamos. Fiquem com o Merval, que volto agora a perder tempo lendo as Teses do PT.

“Uma das coincidências benéficas do processo que corre em Curitiba sobre as escândalos da Petrobras é que o juiz Sergio Moro, encarregado do caso, atuou no processo do mensalão como assessor da ministra do Supremo Tribunal Federal (STF) Rosa Weber.

Convocado justamente por ser um especialista em combate à lavagem de dinheiro, Moro tem todas as informações para fazer as ligações entre o primeiro processo e o atual, que tem sua origem no mesmo esquema de manutenção de poder do PT e em seus principais organizadores figuras que já apareceram no mensalão, como o falecido ex-deputado José Janene.

Seus conhecimentos sobre o caso foram fundamentais, por exemplo, para manter a cunhada do tesoureiro do PT João Vaccari Neto presa por mais cinco dias. Sergio Moro argumentou que Marice Corrêa de Lima mentiu em depoimento à Polícia Federal sobre os depósitos que fez na conta da mulher de João Vaccari Neto, Giselda Rousie de Lima, ( uma série de pequenos depósitos, típicos de lavagem de dinheiro) e citou também "registros de envolvimento em práticas ilícitas de Marice já no escândalo do mensalão".

A cunhada de Vaccari disse em depoimento à PF que recebeu R$ 200 mil do PT a título de indenização por ter tido o seu nome envolvido no mensalão. É uma explicação sem dúvida criativa, mas que não resiste a uma análise superficial.

Qual a razão de o PT ter pago essa “indenização”? Acaso foi condenado pela justiça a fazê-lo? Parece que não, pois ela disse que apresentará cópia do “contrato” com o partido. Ou seja, ela celebrou com o PT um contrato de transação, que o criminalista Cosmo Ferreira registra estar tratado no capítulo XIX do Código Civil, cujo título é “Da Transação”, e conceituado em seu artigo 840: “É lícito aos interessados prevenirem ou terminarem o litígio mediante concessões mútuas”.

Seria o caso de perguntar: qual a responsabilidade do PT pelo fato de o nome da Marice ter sido envolvido no mensalão? Em que circunstâncias o nome dela foi envolvido? O juiz Sérgio Moro deve saber. O pagamento da indenização foi registrado pelo PT? Foi pago em espécie?

Na opinião de Cosmo Ferreira, eventual contrato juntado aos autos "será um tiro na cabeça, melhor, nas cabeças, do PT e dela, pois ficará configurado o crime de Falsidade ideológica, relatado no artigo 299 do Código Penal, cuja pena é de um a três anos de reclusão".

COLARINHO BRANCO

A leitura da Lei 7492, conhecida como Lei do Colarinho Branco, mostra que também nela estão enquadradas as "pedaladas financeiras" do governo Dilma detectadas pelo Tribunal de Contas da União (TCU).

No artigo 17 está prevista justamente a situação em julgamento:

Art. 17. Tomar ou receber, qualquer das pessoas mencionadas no art. 25 desta lei, direta ou indiretamente, empréstimo ou adiantamento, ou deferi-lo a controlador, a administrador, a membro de conselho estatutário, aos respectivos cônjuges, aos ascendentes ou descendentes, a parentes na linha colateral até o 2º grau, consangüíneos ou afins, ou a sociedade cujo controle seja por ela exercido, direta ou indiretamente, ou por qualquer dessas pessoas.
Pena - Reclusão, de 2 (dois) a 6 (seis) anos, e multa.

Portanto a lei veda adiantamentos a controlador, que foi o que aconteceu. Tanto que a Caixa Econômica Federal pediu ao Tesouro Nacional pagamento de juros (e não o BNDES, como saiu na coluna de ontem). E o BNDES cobrou todo mês o Tesouro pelo que lhe deve, e incluiu a operação no seu orçamento.

Se o governo não cometeu crime, como alega a Advocacia Geral da União (AGU), com certeza os administradores da CEF, BB e BNDES cometeram. E a fiscalização do Banco Central falhou ao não detectar a manobra contábil proibida pela Lei de Responsabilidade Fiscal e pela Lei do Colarinho Branco.


Para descaracterizar a responsabilidade direta da presidente Dilma, os presidentes dos bancos estatais e do Banco Central na ocasião terão que ser punidos.”

quinta-feira, 23 de abril de 2015

CARTEIRO




Por José Antonio Taveira Belo / Zetinho


Quando o carteiro chegou e o meu nome gritou com a carta na mão, ante surpresa tão rude não sei como pude chegar ao portão. Marilene ouvia a musica no radio ligado na cozinha e som estridente. Varria a casa e olhava de vez em quando as panelas no fogo. De vez em quando também cantava a canção que ouvia no radio. Voz desafinada, mas cantava. Não se incomodava com as criticas da mãe, tu não sabes cantar Marilene. Cala esta boca. Morena, cor de canela, olhos claros e sedutores. Cabelos longos e castanhos dava a ela uma beleza que fazia inveja a muitas moças.  Morava com o irmão, Fidelis e sua mãe Naninha já idosa. Marilene baixe este radio! Quer me deixar mouca! Vai baixa este radio se não eu quebro este desgraçado que todo dia fica tocar. Vamos, vamos! Marilene afobada saiu e baixou o rádio, mamãe esta ficando esclerosada, não gosta mais desta musicas desde que meu pai o Abílio faleceu. Seu pensamento estava no namorado. Ela ficou sentida e qualquer musica ela fica nervosa, recordando o seu passado. Marilene namorava o seu vizinho há muito tempo. Já se considerava noiva. O namoro era duradouro e já pensavam em se casar no final do ano, dia 08 de dezembro uma data bonita onde todos devocionais de Nossa Senhora da Conceição, comemorava. Ficou desempregado, e resolveu ir para São Paulo, tentar a sorte. Muitos acharam que não deveria outros a favor e lá se foi o Betinho. Apanhou o ônibus na rodoviária, com todos na calçada em uma manhã fria e nuvens escuras acenando quando da partida do ônibus. Marilene quase morria de chorar, vestida em um casaco cor de rosa. Com lenço na mão enxugava as lagrimas que escorria pela face rosada.  A sua mãe enrolada em um chalé preto rezava pegando na mão de sua filha. Deus te leve, não se esqueça de nós. Aguardamos com ansiedade uma carta sua. O adeus quando o ônibus partiu, acenando gritando pela janela, não esquecerei vocês nunca, breve voltarei. Assim que eu chegar lá em São Paulo escrevo, dando as minha noticias. Ela balançou a cabeça aceitando aquela afirmação. Voltaram para casa, choramingando. Passou o primeiro mês, nenhuma noticia nenhuma carta, segundo e terceiro mês nada de carta ou mesmo um telegrama. Diariamente o carteiro passava na sua rua e ela na janela esperando por uma carta que não chegava. Todos os dias esta penitencia esta aflição e angustia às 16 horas. O carteiro já de longe balançava a mão informando que nada tinha para ela. O tempo passava e o Betinho não dava noticias. Todos estavam preocupados com o seu desaparecimento. Será que morreu? Se morreu alguém já teria falado, pois tinha os documentos em sua carteira.  E assim Marilene espera uma carta que nunca vinha, já fazia um ano e nada. Mas não desanimava. Algum dia ele se lembrara de que deixou uma noiva a sua espera. Era cotejada por outros rapazes, mas não dava bola, pois tinha um compromisso assumido com o seu noivo. Certo dia, o carteiro vinha depressa. Alegre e sorridente com uma carta na mão. A moça estava na janela e desceu apressadamente para ir até o portão de ferro que protegia a casa. Saiu correndo, deixando a porta aberta. Segurou a carta como segurava um tesouro. Lembrou-se da musica ouvida pela manhã - Porem não tive coragem de abrir a mensagem porque na incerteza eu meditava Dizia: será de alegria ou será de tristeza, cantarolava baixinho, pálida e suando frio. O envelope lacrado, aéreo com as bordas verde e amarelo. Beijou o envelope. Entrou contente. Sentou-se na poltrona e sua mãe perguntou por que tanta alegria. Mãe ele escreveu para mim. Agora vou matar as saudades e saber como ele vai ao trabalho em São Paulo. Ele não tinha tempo de escrever é o que penso. Abriu devagarinho cortando com uma tesoura, antes olhando contra a luz para ver se não cortava a carta. Puxou para si o papel que estava escrito assim – “Querida Marilene. Escrevo estas pequenas linhas para dizer-lhe que eu não escrevi antes com vergonha. Chegando a São Paulo me instalei numa hospedaria. Lá tinha uma moça Creuza, filha da dona e eu com fraqueza de homem me envolvemos com ela. Fizera-me casar, o seus irmãos me ameaçaram de morte e eu casei contra a vontade. Podia fugir, mas ele me encontrava dizia e quando me encontrasse me castrava. Fiquei apavorado com esta ameaça. Neste envolvimento apareceu uma criança linda e forte, Ângela, minha filha. Agarrei-me a ela, pois uma criança nada sabe da safadeza dos pais. Não gosto dela, mas é o jeito esta ao seu lado por causa da criança. Nunca me esqueci de ti, amava e ainda te amo, mas é um amor impossível de realizar, somente em sonho, como sonho todas as noites em você. Perdoa-me deste mal que te fiz. Não tenho coragem de voltar para minha terra, sou um fraco. Agora esta tudo resolvido e você já sabem por que não te escrevia - Betinho. Chorou e amassou a carta tão esperada jogou na lata do lixo. Quanta verdade tristonha Ou mentira risonha uma carta nos traz E assim pensando, rasguei sua carta e queimei para não sofrer mais.

quarta-feira, 22 de abril de 2015

As TESES do PT - Parte 1




Por Zezinho de Caetés

Como todos, ou pelo menos aqueles que ainda perdem tempo com bobagens, sabem, o PT (Partido dos Trabalhadores, mais conhecido hoje, depois de tanta roubalheira, por Partido da Trambicagem), vai realizar o seu 5º Congresso Nacional.

Eu, aposentado, e já vendo meu ganho ir pelo ralo com os ajustes fiscais de Levy, o Risonho, uma consequência direta das “pedaladas fiscais” dadas pela gerenta presidenta para se reeleger, posso perder um tempinho para comentar algumas teses de algumas das correntes do PT (são tantas que há até aquelas que admiram Hitler, como o Lula admirava, antes de vestir ternos do Armani e andava a pé).

O texto chama-se: CADERNO DE TESES (UM PARTIDO PARA TEMPOS DE GUERRA). Título bem sugestivo, por sinal. Só faltou acrescentar uma palavra para ficar perfeito: SUJA. Pois nos últimos tempos este partido entrou numa guerra suja contra as instituições democráticas, a partir da tomada do poder pelas urnas, oportunidade, que, por exemplo, a Venezuela já não tem, pois lá está tudo dominado pelo chavismo.  Felizmente, encontraram o Joaquim Barbosa  pela frente, e, mais recentemente, o Sérgio Moro, para barrar seus devaneios ditatoriais.

Mas, chega de delongas e vamos às teses petistas, ou, pelo menos algumas delas, porque se formos comentar todas as correntes e todas as teses, chegaremos à conclusão que este Congresso, que será realizado em junho em Salvador, vai ser uma verdadeira guerra suja entre suas facções, para ver quem tem o maior potencial para roubar.

Vamos começar pela contribuição da Tendência Articulação de Esquerda, seguindo a mesma ordem do panfleto que se encontra na internet (aqui).

1. O Partido dos Trabalhadores está diante da maior crise de sua história. Ou mudamos a política do Partido e a política do governo Dilma; ou corremos o risco de sofrer uma derrota profunda, que afetará não apenas o PT, mas o conjunto da esquerda política e social, brasileira e latinoamericana.

2. A crise do PT decorre, simultaneamente, de nossas realizações e de nossas limitações.

3. Tivemos êxito em ampliar o bem-estar social -- por intermédio da geração de empregos e aumento da massa salarial e do poder aquisitivo da população, bem como da adoção exitosa de programas de moradia, saúde e outros -- e a soberania nacional, também através de uma política externa “altiva e soberana”. Fortalecemos o Estado, na contramão do Estado Mínimo neoliberal. Ampliamos certos direitos e conquistas democráticas. E são estes avanços que explicam nossas vitórias em quatro eleições presidenciais consecutivas.

4. Mas não fomos capazes de realizar transformações estruturais, que retirassem do grande capital o controle sobre as alavancas fundamentais da economia e da política brasileira.

5. Controlando estas alavancas, a oposição de direita, o oligopólio da mídia e o grande capital desencadearam uma ofensiva geral que inclui a desmoralização política e ideológica do petismo, o estímulo à sabotagem por parte de setores da base aliada, a pressão para que o governo aplique o programa dos que perderam a eleição, a mobilização de massas dos setores conservadores, a ameaça permanente de impeachment e a promessa de nos derrotar eleitoralmente em 2016 e 2018.

6. Frente a esta situação, o 5º Congresso do PT deve aprovar resoluções que permitam ao Partido, ao conjunto de sua militância, executar cinco tarefas principais.

Vamos ao trabalho, então, e por partes para não nos perdermos numa floresta de bobagens, embora ainda tenha quem acredite.  

O item 1 deve ter sido escrito pela Marta Suplicy, antes de deixar o partido. Que o PT é um partido em extinção já é reconhecido por todos que se beneficiam dos cargos públicos em seu governo, e por todos que entendem um pouco de política.

O item 2 é uma tautologia besta.

O item 4 é outra verdade histórica, se considerarmos que as alavancas históricas de eles falam, foram aqueles manejadas pelo Palloci no primeiro e parte do segundo governo Lula, ou seja, o que eles chamam, de políticas “neoliberais”, e que não passam de cuidados com a moeda, com a responsabilidade fiscal, e no reconhecimento de que vivemos numa comunidade internacional, onde outros países contam, e isto é refletido pelo câmbio entre moedas.

No item 5 eles apenas tentam explicar porque, graças a Deus, não conseguiram acabar com a liberdade de informação e expressão, e faz uma crítica direta à condução da política econômica pela a Dilma. Certamente, deve ter sido escrita, ou melhor, ditada pelo Lula.

O item 6 apenas menciona o que vem a seguir, mas, como vocês viram, faltou um item: o item 3. Foi de propósito, porque é a maior coleção de embustes por centímetro quadrado de papel.

Diz que tiveram êxito em aumentar o bem estar social devido a manutenção de uma taxa de desemprego baixo e aumento da renda. A taxa de desemprego, hoje já se sabe, era baixa menos porque os empregos aumentaram e mais pela diminuição da procura de emprego, pois a população aprendeu a viver com as “bolsas” que são uma espécie de peixe sem o trabalho da pescaria.

A adoção “exitosa” dos programas de moradia e saúde, parece até brincadeira, com a inadimplência dos programas do Minha Casa, Minha Vida, e de outros programas habitacionais, exclusivamente através de crédito subsidiado, o que quer dizer que, como foi praxe, o governo toma do rico para dar ao pobre, e o rico tira do pobre para lhe dar emprego e moradia. No final das contas vamos todos ter que pagar pelos erros de alguns no longo prazo. Lembram dos esqueletos do BNH do Sarney? E ainda temos as construções feitas mal e porcamente, onde só se encontram rachaduras.

E quanto a saúde? Este é o maior ardil. O setor realmente hoje está na lama, para não usar uma palavra mais forte, que é a consequência da diarreia.  A solução que foi adotada foi trazer milhares de cubanos para ajudar na revolução bolivariana, que é a meta final das esquerdas na América Latina. E os hospitais até parecem um pesadelo, para quem precisa do SUS, enquanto seus dirigentes vão para Sírio-Libanês.

No entanto, há outra coisa que parece até deboche mesmo. A política externa soberana. Será que alguém que leia jornal poderia dizer o que o Brasil hoje representa no mundo, a não ser um discípulo venezuelano e argentino? A política externa do PT foi um desastre tão grande como se tivéssemos declarado guerra aos Estados Unidos. E o pior dos mundos seria, como numa conhecida piada, que nós ganhássemos a guerra. Coitados dos americanos que teriam que aguentar o Marco Aurélio Top Top Garcia.

Vejam, que não estou tentando imitar o Zé Carlos em sua coluna humorística semanal aqui neste blog, mas, venhamos e convenhamos é de morrer de rir.

Diante, destes diagnósticos, depois eu seguirei comentando as teses do PT, na esperança de que, quando chegar em julho, lá na Bahia, só esteja no Congresso do PT o Jacques Wagner. Aquele que é Ministro da Defesa para se defender das delações premiadas.

terça-feira, 21 de abril de 2015

AZARENTO





Por José Antonio Taveira Belo / Zetinho


Designa-se uma pessoa como azarento quando é uma pessoa sem sorte, apenas no meu entender é uma superstição adquirida ao longo de tempo, principalmente no interior, mesmo assim vamos falar de um azarento, que conviveu conosco, e considerava que nada na sua vida dava certo e com isto ele ficava desesperado, e ansioso o nosso Juquinha. Alto e louro, olhos azuis. Uma cabeleira que dava inveja. Andava sempre alinhado e era mantido pelos seus pais, logo no início da sua vinda para a Capital. Morava no Recife, cidade de dos seus sonhos desde menino que agora estava se realizando, aonde veio para estudar, deixando o seu interior Aguazinha. Logo que aparecia na rua às pessoas apontavam para ele, lá vem o azarento, não fale nada com ele, pois pode trazer azar para nós. Isto criou um transtorno desmedido e fez com que deixasse a sua cidade natal. Mas, mesmo ele, o Juquinha se sentia azarado, tudo que fazia ou queria fazer ou realizar dava por água abaixo. Não tinha namorada, a que arranjou dispensou - azar; no vestibular fez por três vezes e não passou em nenhuma, a que tinha chance errou a ultima questão, não passou azar; no emprego o azar lhe perseguia, quando estava se dando bem acontecia algo errado, - azar; e assim foi se criando na mente de Juquinha que o azar que lhe perseguia. O padre da igreja Nossa Senhora de Lourdes, o aconselhava, não pense nisso isto de azar é folclórico.  Ficou pensativo. Esta lenda interiorana passou a fazer parte da sua vida. Morava em uma pensão na Rua Velha. Ainda ninguém sabia deste fato, que ele mesmo contou para todos, quando caiu do segundo degrau da escada – isto é um azar. A partir deste momento, os convivas do pensionato começaram a ironizar e levar tudo na brincadeira. Qualquer coisa que acontecia, é azar de Juquinha. Por menor que fosse o caso, todos voltavam a dizer Juquinha o azarento. Certa vez saímos em domingo à tarde para assistir um filme no Cine Moderno. A rua sem qualquer movimento. Tudo corria bem e já íamos pensando no que ia acontecer porque Juquinha nos acompanhava. Ao chegarmos à Rua da Aurora, para atravessar a Ponte da Boa Vista, tinha uma poça de agua lamacenta. Não notamos, e neste momento passou um carro em velocidade jogando aquela agua podre nos melando todos, calça e camisa e todos voltamos para o pensionato para trocar de roupa. Azar do Juquinha que estava conosco. Outra vez, íamos para o bar Mustang na Avenida Conde da Boa Vista, quando passávamos na Rua José de Alencar, Alcimar levou uma topada que soltou o solado do sapato, Azar do Juquinha, que nos acompanhava. Ele mesmo contou – indo para o trabalho numa certa manhã quando atravessava a Pracinha do Diário, um pombo sobrevoou e defecou em seu ombro manchando a camisa e, disse hoje o azar esta me perseguindo, tantas pessoas estão passando e este maldito pombo defeca em mim. É azar demais! Mas tudo isto era levado em brincadeira, nada a serio. Muitas das vezes o azarento não queria sair conosco para tomar uma cervejinha no pátio de Santa Cruz, pois assegurava que ia dar azar na noitada. Insistíamos e ele ia meio desconfiado. Passou-se o tempo e saiu da pensão. Há mais ou menos dois anos encontro com ele na Avenida Guararapes, já idoso escorado em uma bengala, lucido com os seus setenta e cinco anos. Aperta-me as mãos, hoje não é dia de azar e sim dia de sorte, pois te encontrei. Sorri. O azar é o meu te encontrar, rimos. Como vai? É meu amigo esta cisma do azar ainda me acompanha não me larga, não deixa me sossegado e eu convivendo com este maldito pensamento. Casei-me e a mulher morreu, deixando-me com dois filhos. Em seguida casei-me novamente, homem não pode viver sem uma mulher ao seu lado, a “quenga” amasiou-se com um serviçal que dava apoio na limpeza da casa, desgraçada. Mandei embora, não fiz nenhuma desgraça, pois não valia a pena me desgraçar. Tá ai penando pela rua do bairro, o cara a largou com uma mão na frente e outra atrás, Não é azar? É! E assim vou vivendo caindo ali e acola. Vamos  tomar uma cerveja, antes que o azar me chegue. Tens coragem de me acompanhar. Sentamo-nos à mesa o garçom colocou uma cerveja e dois copos, um caindo e se quebrando.

segunda-feira, 20 de abril de 2015

A semana - As "pedaladas" da Dilma e as "cabeçadas" do PT




Por Zé Carlos

A cada dia que se passa fica mais difícil escrever esta coluna semanal, que, pretensiosamente, tenta fazer seus leitores alegres e entrarem com o pé direito e o riso aberto na semana que se inicia. As notícias dos jornais já não precisam nem serem interpretadas para produzirem o riso necessário. Então, meus senhores e minhas senhoras, eu não os culparei se não a lerem e passarem a ver apenas os telejornais. Lá também o riso está garantido.

Querem um exemplo? Vi esta semana que o Maduro, sim, aquele que é presidente da Venezuela, e que de tão maduro, espera-se que caia o quanto antes, para despistar a imprensa, contratou um seu dublê, e, pasmem uma dublê de sua esposa. Isto se deu na Cúpula das Américas, no Panamá, que foi palco também de um encontro histórico entre o Raul Castro e o Barack Obama. Não, não estou brincando não. Cuba agora vai deixar se explorar pelo imperialismo americano. Já imagino o Che Guevara se retorcendo no túmulo e dizendo: “Até tu, oh Castro!?!”. Talvez, tenha sido por isso que o Galeano, sim, aquele que escreveu um clássico da literatura esquerdista latino-americana (“As veias abertas da América-Latina”). Suas veias devem ter se fechado.

Entretanto, este foi apenas um exemplo na área internacional. Aqui no Brasil é que toda imprensa virou revista de humor. Então passemos ao plano interno, nesta gloriosa semana, para o riso.

Começo então pelo nosso legislativo, em sua câmara alta, o senado, com o seu presidente dizendo que pedir cargos ao executivo apenas “apequena a política”. Coisa extremamente séria e verdadeira, até quando sabemos que o presidente de quem falamos é o Renan, sim, aquele mesmo, que controla tantos cargos com pessoas de sua confiança, que nem se lembra mais de quem sejam. Dizem que quando ele entra numa repartição pública vai logo perguntando ao primeiro funcionário que encontra: “Você é meu?”. Podem começar a rir, pois o caso é para isto mesmo.

Ingressemos agora no judiciário, sim, aquele mesmo poder ao qual o Joaquim Barbosa pertencia e que é responsável por ter feito o Delúbio ter ido contar piada de salão lá na Papuda. A Dilma nomeou um ministro para vaga do Joaquim, e só para compensar o fez indicando um admirador do PT, que até já fez campanha para ela. Agora temos ministros do PT e ministros do PSDB, lá no Supremo, e as votações serão feitas em urnas eletrônicas emprestadas pelo TRE. Como, vocês veem, a Dilma, nossa protagonista da coluna, pela sua capacidade de nos fazer rir, foi, uma vez mais, à luta. Podem bolar pelo chão com o riso solto, mas, guardem algum fôlego, pois a semana passada ainda está começando.

E quem ainda se aguenta na cadeira, leiam essa: O PT discute abrir mão das doações de empresas. Ou seja, depois que levou tudo, e o Sergio Moro descobriu, agora não tem sentido mais pegar recursos de empresas, mesmo porque, elas faliram de tanto propinar o partido. Afinal de contas, todos que o acompanham sabem que o PT não dá ponto sem nó, a não ser que o saco esteja abarrotado de grana.

Entretanto, o que movimentou a semana mesmo, foi a prisão do tesoureiro do PT, o João Vaccari Neto, sim, aquele que se apresentou na CPI da Petrobrás, ao som de ruídos de ratos uma semana antes, e de quem eu tive tanta pena (dos ratinhos, é claro). Foi um acontecimento importante para o Brasil e para esta coluna, do ponto de vista humorístico quando vocês lerem o seguinte trecho de uma nota do partido sobre o fato:

“A detenção de João Vaccari Neto é injustificada visto que, desde o início das investigações, ele sempre se colocou à disposição das autoridades para prestar qualquer esclarecimento que lhe fosse solicitado.... Informamos ainda que, por questões de ordem práticas e legais, João Vaccari Neto solicitou seu afastamento da Secretaria de Finanças e Planejamento do PT.”

Se ninguém riu até agora é porque meus 9 leitores estão ficando muito exigentes. Ora, meus caros e minhas caras, basta apenas pensar no Delúbio, sim, aquele que orientou Lula a dizer em Paris que o PT só faz o que os outros fazem, ou seja, Caixa 2, e que o mensalão era uma piada de salão. O Vaccari não saiu porque lavava dinheiro das propinas que as empresas roubavam da Petrobrás para dar ao PT, e sim, porque o companheiro achou por bem, se entregar lá em Curitiba ao juiz Sérgio Moro. Aliás, vai haver um Congresso do PT, proximamente, e uma das proposições, para proteger o seu mais recente tesoureiro é colocar militantes do local onde o Moro trabalha para gritar: “Moro, guerreiro, do povo brasileiro!”. Afinal de contas, quem não tem para onde apelar, tem que tentar conquistar o inimigo com salamaleques. Mas, se eles decidirem isto, até eu me juntarei aos militontos do PT.

Para dar uma ideia a vocês da importância da prisão do Vaccari, esta coluna até encontrou um novo candidato para compor o time de humoristas da coluna: O Sibá Machado, que é o líder da bancada do PT na Câmara Federal. Ele, depois de dizer que a operação Lava Jato era uma criação da CIA, diz agora que a prisão do tesoureiro é política. Já decidi, vou contratar o Sibá, assim que ele deixar a deputação.

Se vocês pensam que agora podem descansar, que a semana terminou por aí, podem tirar o seu cavalinho da chuva. Os gringos sempre se metem em nossa história, desde Pedro Álvares Cabral. Continua tudo a mesma coisa. Agora, um tal de Jonathan Taylor, um holandês, sim, daquele mesmo povo que invadiu Pernambuco um dia e que até aqui fez palácios, disse que entregou ao CGU, em agosto do ano passado, um dossiê que comprova que a SBM pagou propina a funcionários da Petrobrás, e que a Controladoria Geral da União, esperou passarem as eleições para abrir o processo administrativo para investigar a empresa holandesa.

Então vejam, meus caros leitores, ainda vivos até aqui, se isto era motivo para a oposição querer o impeachment de nossa musa inspiradora, a Dilma? Só pode ser para atender meu pedido para que a Dilma saia mais cedo para integrar o quadro permanente desta coluna semanal, como já o é o Lula, que andou também aprontando das suas. Vejam o que ele disse:

“Se tem problema de corrupção na Petrobras, então prendam quem roubou. Prendam! É pra isso que tem Justiça, é pra isso que tem polícia. Mas não vamos confundir o que está acontecendo com algumas pessoas com o destino desse país.”

Como vocês veem o homem ainda não sabe de nada. Nunca falou com o Paulo Roberto Costa, nem com o Duque, nem com o Delúbio, nem com Vaccari, e muito menos com a Dilma. Seria trágico se não fosse tão cômico.

Já vejo os leitores ficarem inquietos e se perguntando, e a Dilma, não aprontou nada importante esta semana? Ora, senhores, vocês sabem que igual ao Pelé, como dizia o Romário, a Dilma calada é uma poeta. E ela assim permaneceu nesta semana, porque se ela jogou algum cabide em outra governanta, isto não fez parte de sua agenda oficial. Porém, o que ela fez no seu governo anterior, com sua contabilidade criativa foi um verdadeiro desbunde. O ministro Augusto Nardes, do TCU, disse que ela deve ser responsabilizada legalmente pelas pedaladas fiscais, e acrescentou:

 “Existem várias situações de ilegalidade em relação às pedaladas. Já no ano passado havíamos encontrado uma situação muito crítica pelo fato de o Ministério da Fazenda não ter contabilizado algumas operações. E agora constatamos que houve uma série de empréstimos feitos pela CEF e outras instituições que somam mais de 40 bilhões de reais sem uma sustentação legal”...

Eu tive vontade de me aprofundar sobre o significado das “pedaladas fiscais”, mas, não o faço porque esta coluna já está em tamanho suficiente para fazer com que meus leitores entrem nesta semana sorrindo e felizes. Prefiro só pensar nas “pedaladas” do Robinho, pois ainda tenho o filme do UOL para comentar.

Todos os temas do filme foram abordados na análise anterior, com uma exceção, os protestos contra a Lei da Terceirização. Chamo a atenção apenas para a declaração do nosso colaborador, o Lula, a respeito. Ele diz que a lei é contrária a tudo que os trabalhadores conquistaram nos últimos tempos, e só faltou criticar o seu exemplo de terceirização de Dilma, que entregou o governo a Michel Temer, a economia ao Levy, e foi descansar, porque ela não é de ferro.

Para ser preciso há ainda as manifestações que não comentamos na coluna passada porque nem era necessário. Todos viram que menos pessoas foram às ruas pedir o impeachment de Dilma. Quanto ao número de pessoas eu repito o que disse um colaborador deste blog, o Zezinho de Caetés, quando escreveu que “tamanho não é documento; já quanto a ênfase no impeachment, pelo andar da carruagem, não vai precisar ninguém pedir mais, e teremos, com sorte a Dilma nesta coluna, também em tempo integral.

Agora fiquem com o resumo do roteiro do vídeo do UOL, e com o filme. Bom início de semana.

“Da nova série de protestos contra o governo de Dilma Rousseff a mais protestos contra o projeto de lei da terceirização. Do ator de "Máquina Mortífera", Danny Glover, em evento ao lado de Lula à prisão do tesoureiro petista João Vaccari Neto, a semana tem para todos os gostos na charge política do UOL.”


sexta-feira, 17 de abril de 2015

A prisão de João Vaccari e a nota (ou confissão?) do PT




Por Zezinho de Caetés

Bem, meus senhores e minhas senhoras. Hoje, até iria escrever sobre outros assuntos. Pois eles não nos faltam. Pelo contrário, sofremos com o excesso deles. Pois,  eita paizinho complicado este nosso Brasil. Vejam o tamanho do imbróglio, que venho sempre comentando aqui, do que vem acontecendo depois que o PT meteu os pés pelas mãos. Um fato nos chama atenção: Hoje estamos num parlamentarismo monárquico de fato e num presidencialismo de direito. Quem manda é o congresso e o primeiro ministro é o Michel Temer. E, à rainha Dilma foi dada a missão de inaugurar obras, dar entrevistas inodoras e dizer que ainda governa, para despistar os bobos, como eu, que ainda vão às ruas pedir o seu impeachment, quando ela não governa mais.

No entanto, o assunto do dia, entre tantos, é a prisão de João Vaccari Neto, o Secretário de Finanças e Planejamento do PT. Pela reação petista, o dito cujo é mais importante do que Lula, pois nem este foi tão defendido, quanto ele. E nem mesmo o anterior, o Delúbio, que saiu muito antes, para depois voltar. Antes de adentrarmos neste assunto, com nossas próprias tecladas, vejamos o que disse o PT, sobre a sua prisão, numa nota assinada pelo seu presidente Rui Falcão, que, agora de falcão, só tem os dentes:

“O Partido dos Trabalhadores manifesta-se a respeito da desnecessária detenção, na data de hoje, do Secretário de Finanças e Planejamento, João Vaccari Neto, nos seguintes termos:

1 – A detenção de João Vaccari Neto é injustificada visto que, desde o início das investigações, ele sempre se colocou à disposição das autoridades para prestar qualquer esclarecimento que lhe fosse solicitado. Convocado, prestou depoimento na Delegacia da Polícia Federal de São Paulo, em 5 de fevereiro desse ano. Além disso, na CPI da Petrobras, respondeu a todas as questões formuladas pelos parlamentares.

2 – Reafirmamos nossa confiança na inocência de João Vaccari Neto, não só pela sua conduta à frente da Secretaria Nacional de Finanças e Planejamento, mas também porque, sob a égide do Estado Democrático de Direito, prevalece o princípio fundamental de que todos são inocentes até prova em contrário.

3 – Os advogados que cuidam da defesa de João Vaccari Neto estão apresentando um pedido de habeas corpus para que sua liberdade ocorra no prazo mais curto possível.

4 – Informamos ainda que, por questões de ordem práticas e legais, João Vaccari Neto solicitou seu afastamento da Secretaria de Finanças e Planejamento do PT.

5 – O Partido dos Trabalhadores expressa sua solidariedade a João Vaccari Neto e sua família, confiando que a verdade prevalecerá no final.

Rui Falcão
Presidente Nacional do PT”

Meu Deus, se isto não é uma confissão pública de culpa, ou pelo menos de dor na consciência, eu não sei mais o que é culpa e nem dor. Nunca, na história deste país (a do Delúbio, incluída), foram vistas tantas acusações quanto aquelas que foram feitas ao Vaccari. Quase todos que estão presos ou perto disso, pela a operação Lava Jato, contaram sobre suas relações com o, agora ex-tesoureiro do PT, e não eram histórias com classificação indicativa de Livre. Hoje, nem mais o Leonardo Boff, homem que é temente a Deus e ao Lula, acredita mais na inocência do Moch (apelido dele nas relações espúrias, porque usava um mochila, que agora deve estar com ele em Curitiba).

E agora vem o PT com esta nota que poderia ter sido resumida num só frase: “João, pelo amor de Deus, não abre o bico!”. Pois é, o tempo passou na janela e só a Carolina, a Dilma, o Lula e o PT, não viram.

Já no item um, eles apenas repetem o Sibá Machado, líder do PT na Câmara Federal (vejam a que nível chegaram) que disse que a prisão do tesoureiro é política, da mesma forma que disse que o petrolão é uma invenção da CIA, aquela agência americana, culpada até pela raspagem da barba de Lula e pelo emagrecimento da nossa gerenta presidenta.

Ora, o Sérgio Moro não é bobo e é um homem que quer passar este Brasil a limpo dentro da lei e da constituições. Se chega a ele um preso e diz que fulano matou o pai a mãe e o irmão, sua obrigação é mandar prender o fulano para evitar que ele esconda os corpos, e principalmente, quando se sabe que o preso sabe que se mentir, está lascado. E mandou, o cara para o xilindró, onde ele deveria estar há muito tempo.

Mas, o PT ainda acredita na inocência do seu tesoureiro, como dito no item 2. Nós perguntamos: “O Partido poderia ter dito outra coisa?”. Este pessoal só fala quando recebe prêmio, ou seja, na delação premiada. E, ainda mais vão pagar o advogado do Vaccari. Por isso eles querem financiamento público de campanha? Para usar meu dinheirinho para pagar meliantes?

E aí vem o golpe de mestre no item 4. O Vaccari é tão honesto que resolveu deixar o partido. Me engana que eu gosto, como dizia minha amiga Lucinha Peixoto, que sumiu outra vez. É muita desfaçatez.

E finalmente, o PT expressa sua solidariedade ao futuro habitante da Papuda, e a toda sua família. Era necessário incluir também à família porque o tesoureiro, para fazer suas falcatruas, envolveu até suas filhas. Quem tem um chefe de família como este, é melhor ser filho de chocadeira.


E finalmente, eu soube que a rainha Dilma também fez uma nota dizendo que não tem nada com isso, e que como sempre não sabia de nada. Pergunto outra vez: Ela poderia dizer outra coisa? Não seria melhor ter ficado calada.

quinta-feira, 16 de abril de 2015

PAU MANDADO.




Por José Antonio Taveira Belo / Zetinho


Já não existe sabor em ler o jornal do dia, assistir o noticiário do rádio e televisão sobre o que vem acontecendo no Brasil. É tudo igual. A mesmice dos acontecimentos que a maioria dos brasileiros já sabe que não vai dar em nada, Reprise de fatos já contados e recontados, diariamente, sem que haja nenhuma solução. Adia-se. Dá tempo ao tempo. Até quando ninguém sabe.  São pessoas importantes. Não merecem ser sacrificados e espoliados pela imprensa. São presos políticos com mordomias totais, indo e vindo de jatinhos para interrogatório e depois de carro com ar refrigerado para uma quitinete na Policia Federal. O companheiro Lula é o percursor de todas estas bandalheiras que vem acontecendo. Quando assumiu a presidência da República, pensamos nós brasileiros que a mudança para melhor seria realizada. Ledo engano. Piorou com o tempo. O companheiro Lula é perito no falatório popular, que agrada as pessoas semianalfabetas ou aqueles que querem se beneficiar de algum benefício fictício ovacionado pelo grande líder barbudo brasileiro. O companheiro Lula é comparado com o “Ali Baba e os Quarenta Ladrões”, colocando os seus companheiros nos Ministérios e Órgãos Públicos, que somam 39 casas de negócios, com as pessoas que conviveram com ele para juntos realizarem os piores roubos que aconteceu na Republica, pois sabia que contariam com eles, mas o companheiro Lula nunca pensou e imaginou que estes escândalos fossem descobertos. Nunca, jamais!  O Mensalão foi o primeiro foco da corrupção instalada sob a batuta do companheiro Lula no Governo, não afastou e protegeu todos os corruptos, alegando inocência dos seus asseclas. O companheiro Lula foi se isentando dos escândalos, nada sabia nada lhe era informado e quando estourou pela imprensa foi ignorado. Como não podia disputar outra eleição, que por certo seria eleito, pois o povão gosta de sofrer, apresentou a sua colaboradora a companheira Dilma, para lhe suceder, tagarelando com todos que compartilharam com o que estamos vendo. A pobre da Dilma, obediente ao comandante chefe, aceitou e o povo acolheu principalmente a classe mais pobre e desvalida acreditando que tudo iria mudar na sua vida nada mudou, até agora, o se mudou foi para beneficiar aqueles que estão sob o comandante chefe, o companheiro Lula. A batata quente explodiu nas mãos da Dilma, e o comandante por trás fica somente a observar no silencio o desempenho de sua pupila que não lhe vem agradando. De vez em quando a sua pupila lhe desobedece e é logo chamada ao quartel general, em São Paulo, para explicações e receber novas ordens. Acredito que ficou decido que o Lula iria governar o País, por intermédio da Dilma. As decisões, a escolha de homens e/ou mulheres para os Ministérios, escolha para os órgãos públicos e empresas manobradas pelo Governo Federal, foi ideia do Lula e referendado pela Dilma. A bomba estourou. Veio à tona toda corrupção e as propinas distribuídas às mais diversas personalidades, entre ministros, diretores de estatais. E como ela estava no Governo Federal, foi parar em suas mãos. A Dilma antes de viajar tem que se comunicar com o comandante chefe, o companheiro Lula, diz o que se deve dizer e o que se deve acertar algum convenio entre os países. Infelizmente há uma apropriação indevida pelo ex-presidente, que quer se manter no poder de qualquer forma, é um ditador democrático. E Dilma continua apesar dos protestos que acontecem nas ruas pela população que a elegeram diz no seu intimo, “agora vocês tem que me engolir” como disse o mestre Zagalo. Infelizmente a Dilma está sendo um pau mandado, um testa de ferro, que aceita as determinações do seu comandante. Vamos ver o que vai dar.

quarta-feira, 15 de abril de 2015

As lambanças da Dilma e "PT, saudações!"




Por Zezinho de Caetés

Como se diz lá na minha terra quando alguma coisa não tem jeito, pela incapacidade de deixar de ser assim: “É chover no molhado!”. E este é o caso do governo da Dilma em particular e do PT em geral. Eu nunca, em toda minha vida e na história deste país, vi tantas lambanças juntas.

E, no último domingo, eu fui protestar. Ou seja, tentar chover no molhado, com a esperança de, quem sabe, chovendo muito, façamos muita lama pelo caminho e o PT se atole nela. Da passeata, no bairro de Boa Viagem, eu vi, o que já foi constatado até pelo neurônio solitário da gerenta presidenta, que o número de pessoas foi menor, do que aquele presente em março. Mas, neste caso, como em outros de suma importância, “tamanho não é documento”. A alegria e a motivação das pessoas que apareceram superaram em muito o daqueles do 15 de março. E vocês devem ter visto a manifestação do dia 7, coordenada pelo Lula, para defender a Dilma e a Petrobrás. Dava para contar nos dedos do Lula.

Talvez, e tenho quase certeza, a animação foi maior porque neste dia 12 de abril, havia um objetivo, ou objetivos mais bem delineados. A de março foi uma manifestação por todos os motivos, a de abril, foi concentrada contra a corrupção e pelo impeachment da Dilma. Houve outras reivindicações apenas para mostrar que toda regra tem exceção.

Eu levei um cartaz de Fora Dilma e Leve o Lula Junto, e só não acrescentei “lá para Caetés” porque iria gastar muita tinta, e com a inflação dilmiana ela está pela hora da morte. Sei que era apenas um grão de areia naquela praia, mas, se juntarmos as areias das praias deste país, conseguiremos sair desta dentro de nosso Estado de Direito Democrático, que a duras penas conseguimos atingir.

Sei que nossa democracia ainda é aquela “tenra plantinha” tão mirradinha ainda, coitadinha, mas, mal com ela e pior sem ela, como já vimos na época da ditadura, o que me levou até a apoiar meu conterrâneo Lula, e pensar que ele era um deus. Hoje, sei que era apenas um santo dos pés de barro, que vive a enganar todo povo brasileiro, tendo como boneca de ventríloquo, a Mãe do PAC, que empacou de vez, por excesso de roubo.

Eu li, outro dia que eles, o Lula e a Dilma, estão brigados, ou estão de mal, como eu dizia quando ficava com raiva dele no tempo de criança. Lula quer voltar para ser melhor do que a Dilma e a Dilma quer sair mostrando que foi melhor do que Lula. Como diz o jornalista que tem um programa policial: “Durma-se com uma bronca dessas!”. E enquanto eles brigam, o Brasil afunda todo dia mais na recessão e na inflação, que todos, da minha idade, sabem que não é de saudosa memória.

E, diante deste quadro afrodescendente, quando se espera que a gerenta presidenta faça jus a este epíteto, ela faz mais uma das suas lambanças: Renuncia. A renúncia não chegou a ser tão explícita como a de Jânio, pois a estão chamando de “renúncia branca”, ou seja uma renúncia racista e que poderia ser enquadrada na Lei Afonso Arinos. Simplesmente, ela cansou, e não tem forças nem para fazer uma renúncia de verdade. Entregou o imbróglio econômico ao Levy, o Risonho, e a coordenação política ao Temer, de quem não há nada a temer, porque o PMDB já está tão habituado a só entrar no poder pela porta dos fundos, que nem liga mais.

E hoje, temos a tróica Dilma, Levy e Temer, no executivo,  a dupla Eduardo Cunha e Renan Calheiros no legislativo e no judiciário, não temos ninguém porque o substituto do Joaquim Barbosa não foi ainda nomeado, as votações são todas empates, e todos os réus são soltos, como deve ser, na dúvida.

E, continuamos nós caminhando e cantando e seguindo a canção, agora do Juca Chaves, que coloco como brinde para vocês, aí embaixo. Eu confesso que estou mais perdido do que o Lula nas matas de Caetés, e não sei para onde vai o Brasil. Tenho apenas uma certeza: “PT, saudações!”.