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terça-feira, 7 de abril de 2015

Para combater anões políticos, só um grande povo nas ruas




Por Zezinho de Caetés

E o Brasil se retorce numa crise política e econômica de grandes proporções. E se alguém quiser procurar culpados de tudo o que ocorre, basta apontar o dedo para o a estrela vermelha do PT. Este alguém não estaria errado, mas, dificilmente seu dedo ficaria em uma só posição. A estrelinha, sabendo de toda a sua culpa, começou a andar a ermo e sem saber o que fazer, a não ser esconder que a partir de 2003, começou a destruir o Brasil, em nome de um projeto de poder, com suposta ênfase na pobreza.

Eu digo que esta ênfase realmente houve. Porém, não pelo que vocês estão pensando, como aquele mantra do partido de que a pobreza estava em fase de extinção. Na realidade, o que se fez foi um grande crime contra os pobres, que começaram a ter algum conforto para se tornar o exército de brancaleone no processo eleitoral, que tem o populismo como seu principal princípio.

Apenas como exemplo, vejam o que aconteceu com o Bolsa Família, reconhecido internacionalmente como o maior programa de transferência de renda, e nacionalmente, como o maior programa de compra de votos já inventado. E foi ele que levou ao comportamento de políticos ditos preocupados com a justiça social a ter o programa como a única saída para se elegerem. E não falo aqui só do PT. Lembram que o Serra queria aumentar seu valor e que Aécio queria até institucionalizá-lo? Ou seja, o programa era usado para manter o PT no poder, ou para tirá-lo e entrar no poder. Embora, para ser justo, que mais dele se beneficiou, com este propósito foi a estrela vermelha.

Mas, nem só de Bolsa Família viveu o PT para continuar no poder. São bolsas mil. Para todas as classes. Bolsa BNDES para os empresários que já serviam ao partido com o propinoduto da Petrobrás. Bolsa Universidade, com o FIES, PROUNI, Conhecimento sem Fronteira, e quejandos, dados a estudantes que nem sabiam assinar o nome, e se um dia o fizeram foi para votar nas eleições, no PT, é claro. Bolsa Gasolina, através do represamento de preços dos combustíveis que quase levou a Petrobrás à falência. Bolsa Energia Elétrica, que escangalhou o setor produtivo mais importante de uma Economia, o Setor Energético. E tantas outras que basta ir à internet para vê-las. Eu fui e encontrei algumas: Bolsa Creche, Bolsa Estupro, Bolsa Crack, Bolsa Escola, Bolsa Estiagem, Bolsa Verde, Bolsa Atleta, Bolsa Formação. Estas não esgotam a relação de todas, e as colocamos aqui apenas para chamar atenção, para o que significa inclusão social no Brasil. É dar o peixe (ás vezes podre) ao invés de ensinar a pescar.

E isto é o pior de tudo. Toda esta inclusão tem como premissa básica, “fazer caridade com o dinheiro dos outros”, isto é, com nosso dinheirinho dos impostos. Será que isto é uma forma adequada de inclusão? Só se estivéssemos no paraíso, ou Eden, como queiram. A nossa realidade é mais duro do que pensa esta turma das Bolsas, cujo representante maior é o PT, junto com alguns de nossa esquerda festiva. E isto estamos vendo agora, com a nossa crise econômica, a qual o Levy, o Risonho não sabe o que fazer, a não ser roubar as bolsas que foram distribuídas por irresponsáveis para que fossem eleitos. Ele descobriu que não há almoço grátis. Até uma barra de cereal roubaram dele, lá no Senado.

Estes são os anões políticos de que fala o Ruy Fabiano, em seu texto de sábado passado (04/04/2015 – Blog do Noblat) com o título de “Anões políticos”. Ele mostra a debandada das figuras mais expressivas do PT, e deixando somente aqueles que não podem soltar o osso, sem irem direto para a Papuda. Merece ser lido e meditado, depois da Páscoa, que passei me preparando para ir às ruas no próximo domingo dia 12. Para combater anões, só um grande povo nas ruas. Fiquem com o Fabiano.

“Uma crise gigante gerida por anões políticos – eis em síntese a encrenca em que está metido o país. O PT, partido que se quer hegemônico, não dispõe de um só quadro, dentro ou fora do Congresso, capaz não apenas de enfrentar a crise, mas, sobretudo, de compreendê-la. Seus nomes do passado lá ficaram.

Lula e José Dirceu, seus expoentes, envolveram-se com o Código Penal e são incapazes não apenas de convencer, mas até mesmo de falar ao público. Lula atém-se a ambientes fechados e impermeáveis ao contraditório, enquanto José Dirceu é refém de advogados criminalistas. O PT mergulhou em profundo autismo.

No Congresso, o ambiente é lastimável. Ter como líder na Câmara alguém da estatura intelectual de Sibá Machado (AC), cujas relações com a lógica e o verbo atormentam taquígrafos, repórteres e colegas de ofício, resume a ópera. Diante de Sibá, Dilma tem a eloquência de um Cícero ou Vieira.

E há ainda figuras patéticas como a deputada gaúcha Maria do Rosário, que chega ao requinte de divergir de si mesma, poupando a oposição de fazê-lo. Ao que parece, não se percebe.

Opõe-se, por exemplo, à redução da maioridade penal para 16 anos, alegando que “cadeia não conserta ninguém”, ao mesmo tempo em que se empenha em agravar delitos (isto é, propor mais cadeia) para temas de sua cartilha do politicamente correto, como homofobia, feminismo e outros.

O que se deduz é que tem duas concepções de cadeia: a regenerativa e a vingativa. A primeira, quando se trata dos seus, é ineficaz e deve ser evitada, mas a segunda, destinada a seus adversários, não: deve ser intensificada. Crime, para ela – e nisso exprime o próprio PT -, não é questão moral, mas ideológica.

No entorno da presidente, há nada menos que nove articuladores políticos - e nenhum articula nada. O espetáculo patético dos dois ministros – Miguel Rosseto (da Secretaria Geral da Presidência) e José Eduardo Cardozo (da Justiça) -, escalados para falar da manifestação do dia 15 de março, não merecia sequer o panelaço com que foram brindados.

Um disse uma coisa e outro o seu contrário. Rosseto viu as passeatas como coisa dos eleitores de Aécio e da elite branca (da qual, aliás, a exemplo do comando de seu partido, faz parte), o que as tornaria banais.

Cardozo captou-lhes a gravidade, embora não saiba como lidar com elas. A má fé cínica e a obtusidade córnea de ambos (para citar a expressão de Eça de Queiroz) sugere que se poupem panelas e protestos. Não merecem sequer vaia.

Em tal contexto, não espanta que um tecnocrata, o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, afeito à ditadura das planilhas e dos números, desponte como único interlocutor político disponível junto ao Congresso. Na ausência de um negociador dentro do governo, foi pessoalmente conversar com os senadores sobre o ajuste fiscal.

Não lhe pareceram à altura da missão nomes como o já mencionado Sibá Machado ou Pepe Vargas (ministro das Relações Institucionais) ou o senador pernambucano Humberto Costa (líder naquela casa), entre outras eminências partidárias disponíveis.

O PT se opõe ao ajuste antes de mais nada porque não o compreende, assim como não compreende a crise que ele próprio fabricou. Se não a percebe, como vencê-la? Lula diz aos quatro ventos que a crise tem nome: Dilma. Nesse caso, tem também autor: Lula, que a inventou e a entronizou na Presidência.

Não bastasse, há os escândalos que não param de vir à tona – na Petrobras, na Receita, no BNDES, em toda parte. A reação do partido, na falta de argumentos, não muda: evoca a conduta de adversários no passado, na tentativa de banalizar o que fez.

É como se um homicida, flagrado, evocasse Caim para dizer que assassinato é coisa antiga e que não foi inventado por ele. A corrupção do passado – a tal “senhora idosa” a que se referiu a presidente - não absolve nem atenua a do presente. Mais: se o partido a conhece tão bem – e não hesita em atribuí-la também aos tucanos -, por que não a puniu nestes 13 anos de mandato?

A omissão, se efetiva, acresce aos delitos do presente mais um: o crime de prevaricação.

Tais contradições escapam ao tirocínio médio dos petistas incumbidos de gerir a crise. O nanismo mental não as enxerga, o que não impede que prosperem e agravem o quadro.


O resultado está parcialmente expresso nas pesquisas de opinião e nas multidões nas ruas. A propósito, a manifestação popular convocada pelo presidente do PT, Rui Falcão, para o dia 31 de março – e reverberada por Lula -, em defesa da Petrobras e contra o golpe militar de 51 anos atrás, simplesmente não aconteceu. O PT perdeu não apenas o juízo, mas também o povo.”

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