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segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

A semana - Seca, apagão, pacotão, petrolão, inflação... Ufa! Sei não....




Por Zé Carlos

As semanas se sucedem e está cada vez mais difícil de encará-las sem a ajuda do bom humor. Vejam bem, o Brasil se tornou aquele lugar do qual se dizia que “de dia falta água e de noite falta luz e na casa que não tem um corrupto é milagre de Jesus”. Se me lembro bem, corrupto não era o adjetivo utilizado, mas, convenhamos, com um pouco de exagero, para ajudar o humor, hoje isto é válido.

Senão vejamos. Houve algum dia na semana em que não se descobrisse um corrupto novo? Houve sim, porém, quando isto aconteceu o outro não novo era citado nos telejornais, ou, falando da propina que deu, ou prometendo mais delações premiadas. Parece até que os políticos e empresários desta terra, abençoada por Deus e bonita por natureza, não jogam mais na Mega-Sena, porque só pensam em delações, que já vêm premiadas.  Dizem que são tantas as delações que os prêmios estão se esgotando e a Justiça não está mais aceitando-as. Não se sabe ainda se por fraqueza das denúncias ou pela ausência de prisões suficientes, para prender delatores e delatados.

Por falar em prisões, Pernambuco foi notícia quase a semana inteira. Os presos se revoltaram, pensava-se porque a justiça não tinha agilidade para julgar seus processos ou para ouvi-los. Mas, dizem que não foi por isso, e sim, porque alguém espalhou o boato que qualquer preso que fizesse uma delação premiada contra o companheiro, ganharia um facão, uma foice ou um celular. E a moda anda tão em alta no Brasil, que todos viram as cenas dos presos que ganharam os prêmios, quando não estavam de foice ou de facão estavam falando ao celular, gritando: “Mamãe, ganhei na delação!”. Será que isto seria humor negro? Claro que não. É humor premiado.

E, vamos aos fatos do que se passou durante esta dura semana. Faltou luz em 11 estados, e nenhum era do Nordeste. Caros leitores nordestinos (parece que são 5, os outros 3 não são conterrâneos) não riam à toa, pois teremos a nossa vez. Todos já sabemos que depois da bonança que foi a farra energética da Dilma, veio a tempestade do aumento da conta de luz. E por falar nela, nossa presidente, e nossa maior colaboradora da coluna, ela andou sumida durante a semana inteira, com exceção do dia da posse do Evo Morales. Dizem que ela quis pousar nas fotos de cocar, como o fez um dia junto com o Lula. O cerimonial vetou porque o índio cocaleiro quer deixar de ser índio, e vestir-se como tal não iria ajudar em nada a sua nova imagem. Ele agora só usa ternos do Armani, aconselhado por Lula.

E, no pior dos mundos, onde só humor salva, vimos que a falta de energia é causada pela falta d’água. A seca, que já vivia o seu ápice em São Paulo, agora já se espalha pelo Sudeste inteiro. No linguajar técnico quando se diz que já está sendo usado o “volume morto” de uma represa para fornecer água que gera energia ou mata a sede, é porque a vaca além de tossir, já foi para o brejo, faz tempo. E agora é o Rio de Janeiro, que dizem já está usando o volume morto do Paraíbuna do Sul. Como na Baía da Guanabara só tem dejetos e não tem água nem para competição de remo, só rindo mesmo, com a situação, quando pensamos nas Olimpíadas, com saudade da Copa.

E, junto com o apagão hidroelétrico, veio o Pacote do Levy, que meu amigo o Zezinho de Caetés, chama de O Risonho, economista que está se tornando um colaborador à altura desta coluna de humor. Ele disse que quer fazer um ajuste fiscal para trazer de volta a credibilidade do Brasil interna e externamente. O grande problema dele, e daí vem a fonte de riso, é quando ele tenta explicar quem roubou esta credibilidade. Lula e Dilma dizia que foi o FHC, que dizia que tinha sido o Collor, que dizia ter sido o Sarney, que dizia ter sido João Figueiredo, que dizia que tinha sido o povo, por ele não gostar do seu cheiro. E o Levy vai dizer o que?

Talvez, ele vá fazer como o Ministro das Minas e Energia, Eduardo Braga, colocado no filme, tentando explicar a crise de energia e os frequentes apagões. Segundo ele a culpa é de Deus. Dizendo isto, o Levy não estaria faltando com a verdade e seria mais crível do que quando se apresenta tentando doirar a pílula e nos matando de rir, tentando nos enganar sobre quem roubou nossa credibilidade, pois todos sabem quem foi, menos eu e Dilma e Lula que nunca soubemos de nada.

Entretanto, o motivo de riso que se prolongará até o início do mês de fevereiro é a disputa pela presidência da Câmara e do Senado. O filme do UOL, apresentado abaixo apresenta outro Eduardo, o Cunha, xingando o seu concorrente, que é do PT. E a contenda é igual a briga de foice no escuro. O cargo justifica pela sua importância em nossa República. Depois de Dilma, vem Temer, e depois de Temer, vem Eduardo Cunha, e depois de Eduardo Cunha vem, Renan, e depois de Renan vem o Ricardo Lewandowski, e depois do Ricardo Lewandowski... bem, deixa prá lá. Esperemos mais sorte para o Brasil no futuro.

Bem, se não rirem com o filme abaixo, levem em conta que nem sempre seus produtores estão informados sobre o que se passou durante a semana, ou mesmo, não tiveram tempo de abordá-los. Minha meta aqui é supri-los, naquilo que posso, com as notícias que os levem a bolar de rir, mesmo que sejam aparentemente tristes. Perdoem-me mas na campanha da Dilma se fez um imagem tão alegre do Brasil que a situação agora, em quaisquer dos seus aspectos, quando abordada, é motivo de riso.

Levem então em conta o aumento de impostos, a bagunça em que se encontra nossa ex-grande empresa, a Petrobrás, a inflação que sobe, o emprego que desce,os juros que sobem, o crédito que desce,  e comecem a rir. Sustentem-se na cadeira quando souberem que no ano passado, tal qual uma família desastrada, os brasileiros gastaram mais em dólar do que os gringos gastaram aquei em reais, ao ponto de em Miami, para se encontrar emprego em loja já se tem que saber português brasileiro (português português não serve porque Portugal, nosso avozinho não tem o que gastar por lá).

Se algum leitor perguntar se isto acontece somente com o Brasil, eu diria que não. Os venezuelanos também devem estar rindo muito depois que o Maduro quer contratar alguém como o Levy, para ver se ele consegue pelo menos comprar papel higiênico para o Palácio de Miraflores, enquanto a Argentina virou um caso policial, e nossos “hermanos” gargalham geral quando a Cristina Kirchner diz que ela não sabia de nada sobre o crime. Parece que agora está sendo aconselhada pela Dilma e, como se dizia lá em Bom Conselho, pelo seu filósofo maior, “se conselho fosse bom, não se dava, se vendia”. Tanto isto é verdade que agora a Argentina está pagando ao Brasil, os conselhos de Dilma, em energia elétrica para evitar apagão. E ainda dizem, por aqui, que nossa Dilma não sabe de nada.

Agora fiquem com o resumo do roteiro feito pelos produtores do UOL, que eu vou tentar descobrir quem é o responsável pela falta de credibilidade do Brasil.

“O 'Escuta Essa' desta semana traz o ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga (PMDB), apostando suas fichas na tese de que "Deus é brasileiro" para que "Ele" possa fazer chover no Brasil e diminuir o risco de racionamento. O programa também traz o líder do PMDB e candidato à presidência da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, "disparando" contra o também candidato à presidência, Arlindo Chinaglia (PT-SP).”


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