Em manutenção!!!

sexta-feira, 4 de abril de 2014

O CACHORRO DE BOTAS - Em família...


Bidu, o filho do CACHORRO DE BOTAS


Por Zé Carlos

Meu encontro hoje com o Nick, o CACHORRO DE BOTAS, um cachorro sem nenhum caráter, foi inusitado. Primeiro, o Nick estava sem suas tradicionais botas, e segundo, ele quase não falou de outros cachorros, a não ser do seu próprio filho.

A foto que ilustra esta postagem é de um cachorro que muito bem poderia ser chamado de Cachorrinho de Botas, e seu nome verdadeiro é Bidu. Foi a primeira vez que o vi e tive a ideia de tirar uma foto dele depois da quase palestra do Nick, sobre seu relacionamento familiar. Mas, vamos ao estranho encontro, que começou com uma pergunta inocente de minha parte:

- Olá, Nick, sem botas hoje? O que aconteceu?

- Ah, amigo Zé Carlos, não lhe conto! Ontem, fui visitar, com o meu dono, a Refinaria Abreu e Lima. Meu caro, já gastaram uma fábula com o projeto, e até agora ao invés de sua produção aumentar, o que aumenta é o gasto com ela. Eu já sabia, desde que, tempos atrás, eu conversei com o cachorro do Hugo Chávez, quando ele esteve aqui, prometendo mundos e fundos, que o negócio era uma fria para o Brasil. O Huguinho, nome do cachorro do comandante bolivariano, foi muito claro: “Nick, eu seu que você é muito mau caráter, mas, meu dono é mais. Não paga nem promessa a santo, porque diz que vai ser um deles quando morrer.” E continuou por aí, mostrando por A mais B que a Petrobrás e o Brasil iriam, mais uma vez entrar pela tubulação. E continuou contando sobre o cachorro do Evo Morales, e o que soube a partir dele, quando ele praticamente confiscou as subsidiárias da Petrobrás na Bolívia. Mas, voltando à sua pergunta, estou sem botas porque quando estive na refinaria tentei andar por algo preto, tentando imitar o cachorro do Lula que ficou com as patas sujas de óleo quando lá esteve, e descobri que aquilo preto, não era óleo, era merda mesmo. Não sei se merda de gente ou de cachorro. Mas dizem que da refinaria até hoje só sai merda. Então tive que tirar minhas botas para lavar.

- Foi bom você me alertar porque se for para aquelas bandas terei cuidado onde piso!

Antes do Nick continuar sua conversa afiada eu vi, adentrando a praça, o Bidu, o Cachorrinho de Botas. Como vocês podem ver na foto, ele é uma graça. Mas, é muito pequeninho. E quando olhei para o Nick, sua cara estava pálida e seus olhos cheios de lágrimas, perguntei:

- Você conhece aquele cachorrinho?!

- Não é meu filho, este pestinha?!

Eu fiquei intrigado porque olhando o tamanho do Bidu, fiquei pensando como ele seria filho do Nick, se ele era tão pequeno. E Nick parece que adivinhou meus pensamentos, e disse:

- Já sei Zé Carlos, você está olhando para mim como outros o fazem quando eu digo isto, que o Bidu, é meu filho. Sim o nome dele é Bidu. Sua mãe, uma cachorra da Elba, que emigrou da Paraíba para Pernambuco, porque diziam que ela era uma “uma cachorra macho”, foi um dos meus casos mais escabrosos. Mas, eu não tive muita culpa não. Num show da cantora, deixaram a cachorrinha solta, e ela estava no cio. Safada que só ela. E eu, você sabe, que não posso ver uma cadelinha assim e deixá-la na mão. Eu sabia que poderia cometer um assassinato pela nossa diferença de tamanhos, mas, se eu não tentasse, quem teria a reputação assassinada era eu, igual ao cachorro do Tuma Júnior  - meu dono tem o livro do dono dele e eu dei umas olhadas e recomendo, nele ele diz que o cachorro do Lula inventou um monte de coisas contra ele. Então, fui em frente. Só sei que a cachorrinha gritava mais do que petista em comício da Dilma. Mas, não foi a óbito, graças a Deus. E depois de alguns meses nascia o Bidu, e mais três irmãozinhos. Dos quatro que nasceram, apenas um era do meu tamanho, e nem é preciso dizer que o parto teve de ser por cesariana.

- Que história, em Nick?!

- Eu hoje só pego cadelas grandes, do meu tope ou maiores do que eu, mesmo com grande sacrifício, pois até hoje tenho dó da cachorrinha da Elba. Eu gosto de pegar mesmo é a cachorra da Marta Suplicy, porque na hora do vamos ver, ela relaxa e goza. Igualzinho ao povo brasileiro, que apesar da comilança dos políticos  está relaxado e só gozando, com a TV de 40 polegadas. Por falar em TV, e já que estou falando de família, o meu dono, é um noveleiro danado, e eu fico ao lado dele na sala acompanhando também as baboseiras das novelas. Tem uma cujo nome é “Em Família”. Eu nunca vi uma coisa mais chata. Tem um mau-caráter danado, que eu admirava e que agora virou bom caráter e é um músico afamado. Como eu sei que mau-caratismo é congênito, fica difícil de acreditar no personagem a não ser que ele volte a ser um mau-caráter que toca flauta. Há uma moça, a Helena, que, com a passagem de tempo, ficou mais velha do que a mãe. E há o seu marido, o Virgílio, que o Laerte, o mau-caráter flautista, passou-lhe uma espora no rosto que ficou uma marca, que muda de lugar todo capítulo. É uma verdadeira metamorfose ambulante, já que estamos falando de música e músicos e lembrei do cachorro do Raul Seixas, que parece é vivo ainda hoje, e diz que nasceu há 10.000 anos atrás. Mas, eu não tenho outra opção, a não ser ficar vendo novelas, quando não tem nenhum jornal para ler. Fico esperando o Jornal Nacional para ver as notícias do dia, e depois tenho que ficar em família.

- Eu não sabia que tu gostavas de novela, e até gostei de conhecer teu filho, o Bidu, não é?

- É, mas, não confia muito nele não. Puxou ao pai. É tão safado que dói, apesar do tamanho. Adora faz xixi prá cima, para se molhar e culpar os colegas. Não, não pense que ele anda pela Petrobrás. Ele apenas adora a cachorrinha da Dilma, que costuma também dizer que só faz os malfeitos quando é mal orientada. Late até na Igreja e diz que foi o cachorro do padre que mexeu com ela.


Dizendo isto, e já tendo os outros cachorros ido embora, o Nick se despediu de mim, dando adeus com a pata sem botas, mas com tudo explicado. Eu só lembrei que, lá me Bom Conselho, para dizer que algo era longe dizia-se: “Foi lá onde o cão perdeu as botas”. Eu só não sabia que este local era tão próximo, aqui de Recife. Mas, no final, ficou tudo em família.

Nenhum comentário:

Postar um comentário